Vendas nos supermercados para pessoas de até 30 anos subiram 38% em relação a abril e maio do ano passado; itens de bomboniere e energéticos perderam espaço.
A pandemia do novo coronavírus mudou radicalmente a lista de compras dos consumidores. E, no caso dos jovens com menos de 30 anos, os itens ganharam mais qualidade em detrimento a categorias de itens estritamente industrializados. As vendas de bomboniere, como balas e chicletes, caiu 28% entre abril e maio deste ano, na comparação ao mesmo período do ano passado, enquanto itens de preparo de refeições, como azeite (+65%) e manteiga (47%), ganharam espaço dos carrinhos.
A lista de compra também mudou com relação a bebidas. Com o distanciamento social, os jovens passaram a comprar mais vinho (alta de 38%) entre abril e maio deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado, enquanto o consumo de bebidas energéticas caiu 29%, mostrando um perfil mais sofisticado na hora de consumir. Os dados são de um levantamento exclusivo a VEJA realizado pela empresa de fidelidade Dotz, com 2,3 milhões de consumidores em supermercados parceiros.
O item mais comprado no período, entretanto, é de limpeza. As vendas de álcool dispararam 250% em relação ao mesmo período do ano passado. No início da pandemia, o item chegou a sumir das prateleiras por causa de medidas de prevenção ao coronavírus. O uso de álcool 70% para limpeza de casa, das compras e também nas mãos fazem parte dos cuidados contra a doença.
Assim como em todas as faixas etárias, consumidores com até 30 anos passaram a ir menos vezes ao supermercado, com um queda de 16% na quantidade de clientes nas lojas. No entanto, o gasto foi maior, com aumento de 37% no ticket médio, 18% na quantidade de itens comprado e de 16% no preço médio dos produtos comprados.